quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Recebendo um Reino inabalável

Gostaria com esse material esclarecer alguns conceitos e estabelecer princípios sobre alguns assuntos que considero oportunos para esse tempo. A maioria dos conceitos que você vai ler não surgiu por definição própria, mas sim conceitos que tenho afinidades de alguns homens e mulheres que Deus tem usado para nos trazer essas revelações. Eu apenas estou querendo trazer minha interpretação e aplicação sobre o tema.

Vamos começar com algumas definições:

Guerra espiritual

Podemos definir: Guerra espiritual é simplesmente viver para Cristo no contexto de um ambiente hostil. Nosso ambiente é hostil voltado contra a obra de Deus. A fonte desta hostilidade é tanto externa - o sistema do mundo e o diabo – como também interna – carne . Guerra espiritual, em termos simples é viver para cristo. Não começa quando discernimos alguma presença demoníaca, mas quando seguimos Jesus e levamos nossa cruz diariamente. A menos que entendamos e aceitemos isso, é possível que sejamos eficazes no guerrear.
Podemos acabar fazendo declarações fortes na oração, confrontando todo tipo de poder, para, logo em seguida, quase anular a eficácia de nossa oração pelo modo como vivemos e nos relacionamos com os outros. (Efesios 5.17).

Intercessão

Intercessão significa colocar-se na brecha entre o Deus vivo e o que existe. Tem mais a ver com o lugar onde estamos do que com o que dizemos. É permanecer arraigado na criação de Deus e viver de tal modo que nossa vida seja um clamor para que o reino de Deus venha do céu para a terra. Se permanecermos nessa posição, é provável que oremos, mas a intercessão tem mais a ver com a orientação de vida do que com oração.

Elementos fundamentais:

Devemos defender o terreno que Deus nos tem dado
(por isso, é essencial que se saiba qual é esse terreno)

Devemos contribuir para o avanço do Reino de Deus
(e, portanto, fugir do império das trevas).

Devemos saber que terreno esta sobre o domínio do inimigo e descobrir o que é necessário fazer para expulsá-lo. Vivemos na extensão do inferno.

Crer no céu e na interação entre céu e terra significa que o nosso papel principalmente trazer a ordem do céu para terra: de acordo com a oração do pai nosso (Mt 6.10) . Nosso alvo é ver satanás cair do céu enquanto participamos do ministério de Jesus (Lc 10.18) e Ap 12.7-12 ) . Essa interação entre céu e terra pode ser vista claramente na carta aos Efésios que diz que a nossa batalha é “... nas regiões celestiais (6.12) e que nós (que estamos na terra e na igreja) estamos assentados com Cristo nos lugares celestiais agora (2.6).

Portanto, o céu não é um lugar para onde se deve ir ou um lugar relacionado a uma experiência futura após a morte; é mais uma descrição de uma posição ou dimensão de poder, autoridade e realidade que afeta os assuntos da humanidade na terra. É um lugar ou dimensão onde a vontade de Deus esta sendo feita em toda sua plenitude sem presença do mal. É para que este propósito seja manifestado na terra que estamos orando.

Assim, em Lucas 10.18 , quando Jesus afirma que viu satanás caindo do céu como raio enquanto os discípulos ministravam e expulsavam demônios , Ele desejava que eles entendessem que a razão de terem tido êxito se deveu ao fato de seus nomes estarem escritos no céu. Seus nomes (identidade) estavam no alto e esta era a razão por que sua batalha espiritual na terra fora bem-sucedida.

Salvação

A salvação é muito mais do que uma passagem para o céu. Os problemas decorrentes da queda eram terrenos e humanos; assim, a salvação e a guerra dizem respeito a tornarmos agentes e participantes com Cristo no sentido de trazer o céu a terra (embora a fé deixe espaço para a imperfeição desse acontecimento antes da volta de Cristo, essa interpretação estabelece a agenda para nós, chamando-nos a orar e trabalhar para que o seu reino venha ao nosso próprio conjunto de relacionamentos e espaços geográficos).

Embora estejamos em um mundo decaído e expostos a poderes do mal (na extensão do inferno), ainda devemos ser o povo redimido que participa de forma ativa com o Cristo de Deus para trazer o céu para a terra. Portanto, as linhas de batalha estão definidas, e podemos ver um padrão de gênesis os capítulos 1 e 3 um prólogo ,os capítulos 3 a 11 oferecem um resumo da extensão do problema como um cenário para historia de Israel como resposta à questão da queda . Israel deviria ser luz para nações, a nação redentora de Deus. Tudo isso nos oferece o pano de fundo para encarnação de Jesus, que veio para redimir tanto judeus quantos gentios.

A batalha é entre satanás e a humanidade gênesis 3.15 põe inimizade entre a semente de satanás e a semente de Eva (entre o reino demoníaco e o humano) essa batalha consiste simplesmente no governo dessa terra.

Quando a humanidade rejeitou o direito de governar dado por Deus, os poderes satânicos, então, tiveram uma abertura e começaram a apresentar seus planos para o mundo. Podemos ver o reflexo disso nos nomes que são dados constantemente a satanás na bíblia:

O deus desta era (II co 4.4)
O príncipe do poder do ar (Ef 2.2)
O príncipe deste mundo João 12.31(N.B. nos lábios de Jesus literalmente “aquele que governa”); e
O mundo toda esta sob o poder do maligno (I Jo 5.19).

Jesus: o segundo homem – veio restaurar o que estava perdido Ele não vem para conquistar a vitória para Deus, mas para humanidade. Ele veio como a semente da mulher para cumprir a promessa de que, por meio dessa semente. A cabeça de satanás fosse esmagada (Gn 3.15; Gl 4.4).

O que muito me impressiona é ver satanás oferecendo os reinos a Cristo (Lc 4.5-8), o que não é contestado por Jesus, pois Ele entende que, até que eles sejam reconquistados, os reinos deste mundo estão nas mãos de satanás por causa da transferência, descrita em Gênesis 3 . A autoridade de satanás depende do que lhe é dado. Jesus, na realidade veio para os reinos deste mundo, mas Ele não agira como deseja satanás.

Jesus amarrou os poderes por meio da cruz por causa da igreja. A bíblia fala de um espetáculo público vitorioso (Cl 2.13-15). O exemplo usado é o do general romano que volta em uma parada militar exibindo os poderes vencidos diante de povo exultante. Então, lemos que anjos, autoridades e poderes estão sujeitos a Ele (I Pe 3.22) e que Ele fez tudo isso para a igreja (Ef 1.22,23). Por esta razão, após a ressurreição, Ele pôde fazer a seguinte afirmação: “foi - me dada toda a autoridade nos céus e na terra. portanto, meus discípulos devem ir a todas as nações”. Não há mais barreiras, mas sempre haverá uma guerra continua.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

PROFETAS EM TEMPO DE TRANSIÇÃO

PROFETAS EM TEMPO DE TRANSIÇÃO
Por Martin Scott


Transição é uma palavra comum para profetas, pois eles estão sempre se movendo para a próxima fase. De fato, uma maneira de olhar a vida é ver que ela é feita de transição de uma fase para outra: do útero para o mundo, da fase de bebê à infância, da infância à adolescência, e assim por diante. Cada fase é para ser uma experiência boa e saudável, porém cada qual precisa dar lugar à seguinte.
Isto é exatamente como no reino de Deus. Existe uma fase da atividade de Deus que é para moldar a comunidade da fé, durante aquele período, entretanto chega o tempo quando há um fôlego fresco Divino e a comunidade precisa prosseguir. Discernir o tempo de transição é um dos papéis que o ministério profético deve exercer. Transição, seja de natureza individual ou coletiva, são sempre um tempo-chave e difícil. Pode ser especialmente desafiador para aqueles que carregam um peso de responsabilidade por liderança, pois antigas certezas são sacudidas e papéis são desafiados durante esse tempo.
A narrativa do reinado de Saul dando lugar ao governo de Davi parece uma história muito apropriada para refletir durante um tempo de transição. Sempre que uma história bíblica dessa natureza é usada, freqüentemente existem aspectos que não se encaixam, ou quando forçamos para encaixar, fica óbvio que estamos produzindo mais da narrativa do que deveríamos. Contudo, esta narrativa permanece como um guia útil nesses tempos.

Saul — Um Bom Começo

No início do seu reinado, Saul não era arrogante nem sequer cria que ele seria aquele a cumprir a tarefa de reinar. Sua entrada no reino foi marcada pela escolha e unção de Deus. No fim do seu reinado, no entanto, estava evidentemente faltando à marca de Deus nele. Foi simplesmente por sua estatura física, pois se sobressaía em meio aos outros, que permaneceu. Esta é uma boa lição para todos nós. Podemos começar bem, com humildade e profunda gratidão ao Senhor, mas poderemos terminar não tendo evidência significante do Espírito de Deus em nós e até resistir o próximo mover de Deus.
Não estou procurando nestes parágrafos analisar Saul, embora seja algo que teria grande valor. Meu propósito é considerar como vivemos em tempo de transição. É importante, contudo, notar que Saul abandonou rapidamente qualquer prática de esperar no Senhor e buscar Sua face por direção. Isto foi provavelmente o que causou sua queda. Se não buscarmos ao Senhor quando tivermos que tomar decisões, recorreremos à sabedoria humana.
A liderança de Saul to ousou cada vez mais uma liderança destituída da contínua unção do Espírito e poderíamos dizer que dependia de posição e estatura, de ser “melhor que os outros”. Não é surpresa que Davi, em contraste, seja chamado um homem segundo o coração de Deus (I Sam. 13:14). A cabeça com conhecimento e habilidade; o coração com rendição e submissão à direção de Deus — este é um resumo do contraste entre os dois.


Davi — Não Levante Sua Mão Contra o Ungido do Senhor

Saul motivado por ciúme e perseguiu Davi procurando matá-lo. Em vez de suportar aquele que seria rei e capacitá-lo a começar bem, ele queria fechar todas as possibilidades de Davi chegar ao trono. Durante esse tempo, Davi teve duas oportunidades para matar Saul (I Sam. 24:1-22; 26:5-25). Em ambas, ele se recusa a tomar seu destino em suas próprias mãos, terminando o tempo de Saul prematuramente. Em tempos de transição, teremos oportunidades de mover coisas adiante na direção “correta”, mas devemos resistir manipular qualquer coisa.
Podemos admirar Davi por não tirar a vida de Saul, porém teria sido conveniente se o Senhor tivesse removido Saul pela morte, pouco tempo depois que Davi agiu justamente quando poupou a vida de Saul. Isto teria confirmado que a recuperação de Saul acabara que Davi era justo e que ele era evidentemente a escolha do Senhor; teria confirmado que uma era havia acabado e outra estava pronta para começar. Todavia, o Senhor não faz isso e Saul continuou como rei sobre Israel por muitos anos. Além do mais, ele continuou como rei apesar de Samuel ter proclamado que o reino tinha sido removido dele e apesar de Davi já ter recebido a unção do Espírito para ser rei. O Senhor não remove Saul de cena. Descobrimos que, em transição, existem muitas coisas que continuam (e são permitidas pelo Senhor para continuarem) embora seu “prazo de validade” tenha expirado há muito tempo.
Por que é desta maneira? Considero que a questão é simples. O foco do Senhor aponta para o que está se levantando, não sobre o que está se passando. A questão verdadeira não é acabar com Saul, mas aprontar Davi. Agora, quero enfocar outra narrativa do Antigo Testamento que desafia nosso senso de justiça, mas é uma passagem vital para profetas (e aspirantes a profetas) lerem.

Disponha um Pensamento Para o Jovem Profeta

Todo profeta deveria ler I Reis 13. A história é como segue. Um jovem profeta vem do sul a Betel e pronuncia um julgamento sobre ela. O julgamento é declarado porque este lugar (Betel significa “casa de Deus”) tinha se tornado uma casa pervertida. O rei fica ofendido e estende o braço para chamar o jovem profeta a fim de prendê-lo. Quando o rei faz isso, seu braço fica paralisado e, ao mesmo tempo, o altar se fende assim como o rapaz tinha profetizado. Como resultado, o rei pede que o jovem profeta ore por ele. Ocorre um milagre e o seu braço é restaurado. O rei, então, convida o jovem profeta para ir à sua casa com ele a fim de comer e receber um presente, entretanto a oferta é recusada, pois o jovem não pôde ser comprado e foi inflexível acerca do comprometimento com as instruções que Deus lhe dera. Ele diz,

(...) “Mesmo que me desse a metade dos seus bens,
eu não iria com você, nem comeria,
nem beberia nada nesse lugar.
Pois recebi estas ordens pela palavra do Senhor:
‘Não coma pão nem beba água
nem volte pelo mesmo caminho por onde foi’ ”.
(I Reis 13:8, 9)

Assim, a história é um desafio a todos os que aspiram mover-se profeticamente, e contém padrões que aqueles que são proféticos, dentro de algo novo que o Senhor esteja fazendo, têm que observar. A questão de obediência e de prática (que realmente é espiritual) relacionadas à recompensa material são áreas onde a pessoa precisa estar limpa.
A partir deste ponto, a história faz uma mudança imprevista, pois um profeta idoso começa a ser envolvido. Este profeta idoso ouve acerca do que ocorreu e deseja fazer contato. Ele descobre aonde o jovem profeta foi e, por fim, encontra-se com ele. O profeta idoso, como o rei fez antes, convida o jovem para comer com ele. Novamente ele responde:

(...) “Não posso ir com você nem posso comer pão
ou beber água nesse lugar.
A palavra do Senhor deu-me esta ordem:
‘Não coma pão nem beba água lá,
nem volte pelo mesmo caminho por onde você foi’ ”.
(I Reis 13:16,17)

O profeta idoso, então, passa a enganar o jovem afirmando que não somente ele também era um profeta, mas que tinha tido uma visitação angelical e foi instruído a levar o jovem de volta para comer (I Reis 13:18). O jovem é, compreensivelmente, intimidado e volta para comer. Agora, ocorre a virada final. No meio da refeição, o profeta idoso começa a profetizar para o jovem dizendo que ele tinha sido desobediente e, então, morreria prematuramente. Naquele dia mesmo, o jovem perde a sua vida.
Eu li isso um dia e fiquei um tanto enraivecido. Falei: “O profeta idoso deveria saber melhor. Isto é muito injusto”. Tão logo disse isso, ouvi claramente as seguintes palavras “Não, o jovem profeta deveria saber melhor”.
Meditei nisto por dias e cheguei à conclusão que o jovem sofreu porque ele tinha as chaves do futuro. O profeta idoso não tinha mais acesso a essas chaves. Ele era, agora, um “que foi”, seus dias estavam terminados e o peso de responsabilidade para o futuro, agora, estava sobre os ombros do jovem.

Seja com Davi ou com o jovem profeta, o princípio é o mesmo. Eles são parte da nova manifestação do que o Senhor está fazendo e como tal à questão verdadeira é aprontá-los para levar o mover de Deus adiante. A questão não é ter que tratar com a ordem antiga removendo-a, pois essa ordem é, por hora, quase irrelevante. A questão é certificar-se de que o que é novo esteja pronto para estabelecer-se e tomar responsabilidade. Uma vez que o novo esteja pronto para entrar na brecha, o antigo pode ir.
Quais são, então, as lições a serem aprendidas? Estou certo de que existem muitas, mas aqui estão algumas que, creio, são dignas de consideração:

Transição é uma realidade. Precisamos estar prontos para ajustar o que temos feito à luz do novo tempo. O que for que tenha servido no seu tempo, tem que dar lugar para a próxima manifestação relevante. Deus faz tudo belo no Seu tempo (Ecl. 3:11);
Deus declarará as coisas terminadas bem antes que sejam removidas. Nós, contudo, não devemos focalizar em tentar nos livrarmos do que tem sido. Nosso foco precisa estar no desenvolvimento do que está se levantando;
As coisas antigas permanecem porque o peso de responsabilidade está em preparar o que está se levantando. Embora o antigo esteja terminado, ele, ainda atua nos propósitos de Deus (de modo estranho à nossa perspectiva) como uma proteção temporária para o que está se levantando;
O antigo não tem mais as chaves para o futuro, assim, a responsabilidade sobre aqueles que abraçam algo novo é maior. Estes têm que saber melhor e submeterem-se à disciplina do Senhor. Eles não podem tomar seu nível de resposta a partir da geração anterior, pois o que é requerido de cada geração seguinte é maior do que o da anterior. (Veja como Isaque não pôde seguir os passos de Abraão quando experimenta fome — Gên. 26:1-11; 12:10-20).

Transferência Geracional

O termo “geração” não é necessariamente definido por idade. É mais definido por posição na jornada. Havia uma geração no Egito que morreu no deserto e uma geração que se “levantou” e atravessou para a nova terra. Dentro dessa geração, havia dois senhores de idade: Calebe e Josué. A tragédia é que havia somente dois — poderia ter sido muito mais nesse grupo. Como sempre, estamos em necessidade desesperada de outra geração que se levante. Ao serem ajuntadas as gerações, a partir de várias idades, forma outra que se levanta. Contudo, embora uma geração não seja definida por idade, não veremos uma geração se levantar e ser liberada se não houver enfoque na geração mais jovem. Tem que haver um forte elemento daqueles que são mais jovens, dos que se levantam em primeiro plano nessa nova geração.
Chegará o tempo quando terá que haver uma transferência geracional. Tais tempos são freqüentemente marcados pela morte de alguns que se posicionaram como generais no exército de Deus dentro do mover anterior. Em tais tempos, se levantarão aqueles cujos corações são suaves (como Davi) e também haverá um marco de certos movimentos, quando estes se tornam uma sombra do que foram; mas, ainda assim, os dessa geração anterior se considerarão na estatura de “os melhores”.
Haverá o levantar daqueles, em nível popular, que levarão a unção do profeta jovem. Serão marcados por seu comprometimento radical com o Senhor. Não serão comprados pela sedução do sucesso nem dinheiro. Também haverá a manifestação daqueles que são como o profeta idoso que potencialmente desencaminhou, descarrilou a voz do novo profeta.
Com a aplicação que dei às passagens bíblicas citadas anteriormente, fica claro que a responsabilidade sobre a geração que se levanta, em tempo de transição, é enorme. Esta nova geração não pode levantar as suas mãos contra a que tem estado atuando, nem pode simplesmente submeter-se a ela quando há um nível de chamado vindo do céu. Isto leva os novos profetas a uma trajetória de grande tensão, mas é andando nessa trajetória que estes são preparados para o que virá. Se eles não podem andar nessa trajetória de transição, então o mover de Deus não prosseguirá como poderia.
Uma analogia útil de gerações trabalhando juntas é Abraão, Isaque e Jacó. Deus é um Deus trans-geracional, pois Ele é o Deus de Abraão, Isaque e Jacó. Mas não devemos ver: Abraão é pai; Isaque, filho e Jacó, neto. E sim: pai Abraão, pai Isaque e pai Jacó. As gerações não devem ser alinhadas, hierarquicamente, mas juntas uma com a outra. Isso se torna muito evidente em tempo de transição quando gerações anteriores têm que ceder a vez à geração posterior. Muitas vezes a geração antiga exige que a mais jovem viva na sua ”casa”, mas sem mexer em quaisquer “móveis”. Se tiver que haver uma ordem, ela precisa ser o contrário da mencionada. Temos que encorajar a geração antiga a seguir aqueles que estão, cada vez mais, levando as chaves para abrir o futuro. A realidade é que alguns dos móveis têm que ser mexidos para que possamos ver um remodelar significante da própria casa.
Tempo de transição é muito crítico e se vamos atingir a intensidade máxima do movimento adiante, é vital que gerações anteriores abençoem a geração que se levanta. Quando a bênção não é dada, fica um vácuo e, tristemente, o vácuo, na realidade, atrai uma maldição para dentro dele. Muitas vezes um mover novo de Deus começa com um estado de desaprovação e isso o dificulta, realmente, a ir em frente. Em resposta à maldição, é-nos dito para abençoar e é por isto que a geração que se levanta tem que abençoar, porém sem comprometimento através de qualquer falsa lealdade.

Ezequias — Nenhum Pensamento Para o Futuro

Ezequias recebeu um milagre maravilhoso. Isaías trouxe uma mensagem a Ezequias e instruiu-o a pôr sua casa em ordem que ele iria morrer. Mas o rei intercedeu, chorou diante do Senhor, e antes que Isaías deixasse o pátio do palácio, ele teve que reto ar e dizer que a palavra profética tinha sido revertida. O poder da intercessão é imenso. Isaías, agora, disse que Deus ouviu sua oração, que seria curado e sua vida seria estendida por mais quinze anos (II Reis 20:1-6). Um milagre surpreendente, visto que ele literalmente estava para morrer. Um desses desejaria ver repetido muitas vezes. O restante da história, contudo, é muito triste.
A relevância do sinal (deixar a sombra retroceder) parece ser, no início, simplesmente adicional, mas, ao continuarmos lendo, percebemos que a direção da sombra não é arbitrária. Fazê-la retroceder revela um grande problema em Ezequias. Isto se torna evidente quando eu faço uma paráfrase do seu pedido para o relógio ser atrasado.
Na vida, precisamos aprender que não podemos atrasar o relógio em tempo de transição. Temos que resistir a tentação de querer voltar ao tempo anterior. Ezequias é curado, aparece um sinal. No entanto, com o desenrolar da história, logo percebemos que este sinal era uma indicação de que Ezequias não está fazendo a transição para a próxima fase nem fazendo preparativos para a próxima geração seguinte.

Por causa do seu orgulho (II Crôn. 32:25), ele permite que os enviados da Babilônia vejam tudo dentro do palácio. Isaías, então, diz:

“Um dia, tudo o que se encontra em seu palácio,
bem como tudo que seus antepassados acumularam até hoje,
será levado para a Babilônia. Nada restará”, diz o Senhor.
“Alguns dos seus próprios descendentes serão levados,
e eles se to arão eunucos no palácio do rei da Babilônia”.
(II Reis 20:17,18)

Inacreditavelmente, Ezequias responde com “Boa é a palavra do Senhor que anunciaste” (II Reis 20:19). Este é o homem que viveu por meio do poder do arrependimento e intercessão para ver sua própria vida prolongada; mas, agora, quando algo muito maior que sua própria sobrevivência pessoal está em jogo, ele não intercede. Neste momento, a relevância do sinal se torna evidente. Ele recebeu a palavra como uma “boa” palavra porque pensou que ela não aconteceria durante a sua vida (II Reis 20:19). Ele não tinha visão do futuro, seu foco estava no ontem (“atrase o relógio”). Não tinha preocupação pelo que o seguiria.
Devemos ser aqueles que são orientados pelo futuro. Podemos ser agradecidos por cada dia que passou, mas devemos ansiar por dias que nunca tivemos.
Escrevo a partir do contexto do hemisfério Europeu, Ocidental e Norte. Estamos num ponto de grande crise na História. As igrejas, como sei, sobreviverão durante toda a minha vida, todavia isso não é suficiente. Precisamos ser radicalmente orientados para o futuro, agora, a fim de que haja algo ainda mais vibrante para nossos filhos e netos. Do contrário, o que nossos “pais ajuntaram” será perdido e nossos filhos serão levados cativos, incapazes de produzir frutos espiritualmente. Profetas precisam ser aqueles que atuam hoje por causa do amanhã.
Morte prematura é uma coisa difícil de aceitar, mas vidas que são prolongadas (até mesmo pela maravilhosa graça de Deus) e não pensam no futuro é um absoluto desastre. O peso de responsabilidade está sobre a geração que se levanta como a que tem a chave para o futuro, porém a geração anterior tem a responsabilidade de fazer os preparativos. Esta deve ser a que fala a que nos dá o sinal, não apenas para nós, mas um sinal de um novo futuro. Ela deve ser aquela que pede para o relógio ir adiante.

Fazendo Transições Pessoais

Jesus sempre nos chama a avançar e muitas vezes nos achamos batalhando com o desejo de nos acomodarmos a uma vida tranqüila. O Senhor nos chama a fazer a jornada com Ele para que estabeleçamos a Terra. O chamado é para responder ao clamor da criação, para enchê-la com a presença do Senhor. Ao avançar, existem transições pessoais, e pessoas proféticas têm que fazer muitas transições pessoais, pois elas devem incorporar o que o Senhor está dizendo. Como profetas, elas têm que aprender a fazer isto por causa de outros, então, elas mais que quaisquer outros, precisam entender como fazer transições bem sucedidas.
Existem muitas questões que se tornaram relevantes durante a transição pessoal. Entender estas questões não eliminará toda reação emocional, mas nos ajudará, a saber, como caminhar através deste tempo.

A Transição é marcada pelo fim de uma ESTAÇÃO em crise

A maioria das transições é normalmente marcada pelo fim de uma estação em crise. Ela pode muitas vezes acontecer até mesmo quando não estamos considerando fazer uma transição. Nossa situação poderia ser interrompida por circunstâncias além do nosso controle (nós as rotularemos como “nossas circunstâncias”, mas depois entenderemos que o Senhor estava nas circunstâncias em nível surpreendente). Essa mudança pode envolver geografia ou conexões relacionais. Quanto maior a transição, maior mudança de circunstâncias experimentaremos.
A Transição ocorre antes que estejamos prontos
Quando uma transição começa a ocorrer, sempre haverá um sentido de “o que poderia ter sido ou até o que deveria ter sido”. Se não percebermos que estações terminam no que parece ser de uma maneira inacabada, tentaremos esperar em vez de ceder. Sentiremos que a manifestação completa da visão com a qual estávamos percorrendo, naquela última fase, não ocorreu. Teremos que soltar, tratar com desgostos e pesar e, então, estar prontos para abraçar a próxima estação. Num fim de uma estação, ficarão sementes, mas elas precisam ser enterradas e morrer para a próxima colheita. Colheita somente vem de semente que é semeada, mas a colheita não é idêntica à semente. Então, uma colheita vem do que é plantado. Isso significará que o cumprimento de visões que carregamos normalmente será diferente do que era originalmente esperado. Se tentarmos resistir para que o cumprimento seja exatamente como pensamos, podemos correr o risco de ver a visão parar naquele ponto.
A O modo de deixarmos uma fase modelará como entramos na próxima
No casamento, a questão principal é deixar a casa dos pais para unir-se ao companheiro. Se houver uma saída inadequada, haverá uma união muito pouco eficaz. Em transições pessoais, quando a extensão da mudança é significativa, então, a crise será maior, e a pessoa passará por uma experiência real de dor. A dor é para purificar-nos e levar-nos a um novo nível, mas se não passarmos pela dor, terminaremos em prisões de autocompaixão. (A dor que permanece destrói o espírito e se manifestará em dores no corpo – Prov. 17:22).
Transição pessoal é um desafio porque parece como se as coisas estivessem terminando prematuramente, há crise em volta de nós e o caminho adiante não parece imediatamente evidente. Se estes aspectos não são entendidos, retardamos o que está ocorrendo, e a maneira-chave com que fazemos isso é nos agarrando ao passado.
A vida de Abraão foi de muitas transições. A mais traumática foi no chamado para sacrificar justamente a coisa (para ele, a pessoa) que o Senhor tinha lhe dado. Ele teve que sacrificar o cumprimento da promessa que o Senhor havia feito. Teria que estar disposto a sacrificar seu futuro, crendo no Senhor que haveria uma ressurreição. Ele modelou algo para nós. Haverá algumas transições nas quais o Senhor nos pedirá para colocar sobre o altar justamente aquela coisa que cremos que o Senhor nos deu. Em tais situações, haverá graça por causa da rendição e uma liberação correspondente de nova autoridade.
Profetas ajudarão a comunidade da fé a fazer transições eficazes, contudo eles não farão isso a partir de alguma posição objetiva. Eles farão porque têm estado dispostos a efetuarem transições nas arenas públicas e particulares.
As mudanças constantes estão aqui para ficar. Clamamos “Maranata”. Trabalhamos e oramos para a Noiva também dizer “Maranata”, pois o Espírito e a Noiva devem clamar por Sua volta (Apo. 22:17).

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Profecia

A profecia é um dom do espírito santo. Sabendo que todo cristão cheio do espírito santo pode profetizar, temos que reconhecer que nem todos são profetas. Servimos-nos um Deus maravilhoso que tem prazer em expressar seu coração e revelar seus pensamentos esses pensamentos jamais contradizem as escrituras, a qual é útil para o nosso ensino, correção, repreensão e exortação.

O que é profecia?

“Mas o que profetiza fala aos homens, edificando, exortando e consolando.” (1 Coríntios 14:3 RA)

O ato de profetizar é um relatório humano que o espírito traz à mente de alguém com objetivo de edificar, encorajar e consolar.
- profecia: edificação, exortação e consolo;
- palavra de profecia: contem uma das três;
- palavra profética: contem varias direções, quando for para igreja se cumpre independente do que façam os homens agora ao homem a palavra esta condicionada a ele.

Os três elementos da profecia:
1) Revelação: fala da informação que recebemos que Deus dá sem que tenhamos tido qualquer conhecimento anterior a situação. A revelação vem sob diversas formas ou níveis que pede vir em forma de sonho, de visão, de uma impressão ou conhecimento espiritual (insight). Normalmente ela não tem utilidade alguma se ela não for interpretada.

“o que ouviu, viu ou recebeu?”

2) Interpretação: é a compreensão dada por Deus, acerca da revelação que recebemos
“o que Deus esta dizendo ou que será que isto significa?”

3) Aplicação: é o entendimento de como pôr em pratica, ou seja, utilizar a revelação e interpretação
“o que vamos fazer sabendo disto”

Muitas vezes essa compreensão geral da profecia pode ser dada duas ou mais pessoas, por isso importante consultarmos um aos outros.
Toda profecia pode ser dividida em três partes. Há a palavra de conhecimento, que pode abrir uma situação; a palavra de profecia que fala á situação e a palavra de sabedoria, que vem e diz: “eis o que você deve fazer com respeito a isso”



Profecia inspiradora
Todo cristão é capaz de profetizar profecias num nível inspirador, especialmente em momentos de adoração. São o tipo de profecia que renova as pessoas, levando encorajamento ás suas vidas; leva conforto quando está sentido dor, incentiva-as a continuar seguindo o senhor e motiva o espírito, em especial para a adoração – que é uma parte vital da igreja. Uma das coisas mais importante que podemos fazer em nossa vida é aprender a adora a Deus. Às vezes a profecia é incomoda porque traz arrependimento, mudança e uma nova direção. Qualquer profecia que seja mais do que inspiradora poder conter elementos de correção e orientação.

Profecia reveladora
Precisa ser avaliada antes de ser apresentada, precisa da aprovação dos lideres local. Temos que deixar a profecia com eles. Daí para frente não somos mais responsáveis por ela. Podemos acompanhar o progresso enquanto os lideres submetem a palavra em avaliação. Isso é bem natural e normal, porque às vezes continuamos sentido a carga, mesmo depois de transmiti-lá a liderança.