quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Qual é nossa visão do mundo?

Continuando ....

Precisamos avaliar primeiro qual é nossa visão do mundo. Martin Scott, em seu livro “Plantando sementes para o avivamento”, cita quatro visões de mundo que ele extraiu do livro de Walter Wink, “Ocupando os poderes”:

1. A visão de mundo espiritualista

É nela que a vida é nitidamente dividida entre alma/espírito e corpo. O “eu” essencial é a alma, para que eu simplesmente viva em meu corpo. De acordo com essa visão, o mundo real é o reino espiritual, e acredita-se que a harmonia precisa ser restaurada. A salvação, nessa visão, torna-se uma fuga desse mundo e, muitas vezes, a dissolução da pessoa na realidade espiritual maior de “Deus”. Esta é uma visão de mundo do oriente, embora esteja agora mais em evidência no ocidente por meio de movimentos do tipo Nova Era. O oposto desse ponto de vista é:

2. A visão de mundo materialista

Nessa visão, não há céu, não há vida após a morte e não há reino no espiritual. O mundo espiritual é simplesmente uma ilusão. Essa visão de mundo tem sido forte no ocidente, resultando na crença de que simplesmente uma causa(física) e efeito.

3. A visão de mundo teológica

Nessa visão afirmam que as esferas do espiritual e do material continuam distinta uma das outras. Passamos de uma para outra após a morte, mas não há uma interação significativa entre ambas. Embora existam anjos e demônios, eles normalmente não invadem este mundo, uma vez que pertencem ao “outro” mundo. Portanto, em termos práticos, essa visão pode levar mais à abordagem de espiritualidade (visão mundo espiritualista) do oriente, em que o nosso foco está na “salvação de almas”, embora se pareça com a do Ocidente no sentido de não estar concentrada no reino do espiritual e celestial no aqui e agora. Com essa visão de mundo(diferente da bíblia), o céu só se torna um lugar para onde vamos no tempo determinado e não uma dimensão que pode invadir o espaço e o tempo presentes.

4. A visão de mundo antiga/ bíblica

Neste ponto de vista, todas as coisas terrenas têm um correspondente celestial. Eventos ocorrem simultaneamente no céu e na terra. Por exemplo, quando ocorre uma guerra na terra, há uma guerra no céu. O que acontece na terra afeta o que acontece no céu, e vice-versa. Exemplos: Apocalipse 12; Êxodo 17; Daniel 9.

Dentro dessas 4 visões apresentadas responda, Qual é a sua??

Continua...




terça-feira, 11 de agosto de 2009

...Resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus...

Minha intenção com esses textos é fornecer ferramentas para leitura e interpretação de dias, tempos e estações diante dos acontecimentos façam perguntas e tirem suas duvidas. Vamos nessa!!!

Há mais ou menos 3 meses, uma passagem chamou minha atenção nas escrituras, quando Jesus pergunta: Mas a quem hei de comparar esta geração? (Mateus 11:16). Senti muito forte essa pergunta soar no meu interior. E como sempre faço, fui investigar o que Jesus estava querendo dizer com isso, para o que Ele estava apontando. Aprendemos anos atrás que revelação + imaginação + investigação = interpretação dentro da perspectiva profética. A palavra que mais me chamou a atenção neste texto foi “geração”, pois esta palavra nas escrituras muitas vezes é empregada com uma aplicação moral mais do que no sentido cronológico – uma sucessão de pessoas com as mesmas características morais.

...nos quais o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus. (2 Coríntios 4:4)

Entendo que Paulo usou deus pra indicar uma influência. Palavra século no grego é Aiõn, que significa essencialmente o “tempo”, mas por extensão inclui também o espaço. Indica tudo que existe sob o condicionamento do tempo e do espaço. Não deixa de ter também um aspecto ético-espiritual debaixo do poder do príncipe das trevas (Ef 2.2; Gl 1.4; 2 Co 4.4), Satanás, que domina o presente século, embora que de forma transitória (Jo 12.31).

Paulo também diz sobre quem está essa influência, os incrédulos. Geralmente quando estamos lendo esse versículo, somos levados a abordá-lo dentro de uma perspectiva evangélica. Vamos ao seu sentido bíblico: apistos é a palavra no grego que significa “pessoas que não crêem, são desconfiadas”, no mesmo sentido que em português. A questão é que lemos isso com uma mente evangélica do tipo: “esses são os do mundo”. Paulo não está se referindo a isso aqui; dentro do contexto que ele está abordando, ele se refere à falta de revelação e iluminação. No capitulo anterior, Paulo está tratando justamente disso. Leia esses versículos: ...E não somos como Moisés, que punha véu sobre a face, para que os filhos de Israel não atentassem na terminação do que se desvanecia. Mas os sentidos (percepção mental, aquilo que se pensa de propósitos) deles se embotaram (endurecido, sem percepção). Pois até ao dia de hoje, quando fazem a leitura (a demonstração do saber, capacidade de avaliar as coisas, a partir de) da antiga aliança, o mesmo véu permanece, não lhes sendo revelado (descobrir) que, em Cristo, é removido (posto um fim). Mas até hoje, quando é lido Moisés, o véu está posto sobre o coração deles. Quando, porém, algum deles se converte (voltar as perspectivas para) ao Senhor, o véu lhe é retirado. Ora, o Senhor é o Espírito; e, onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade. (2 Corinthians 3:13-17).

O contexto em que Paulo está tratando nesses capítulos da carta aos coríntios (1-5) diz respeito a uma atuação que não permite uma iluminação, revelação. A dureza do coração e a inflexibilidade deixavam-nos sem condições de ter uma perspectiva sobre o século vigente; eles estavam olhando para os acontecimentos tentando entender a partir de seu próprio entendimento. Paulo cita o véu, que aponta pra uma visão limitada ou para ver a partir de uma concepção anteriormente apresentada, quase como se fosse agendada a forma de fazer as pessoas comentarem determinados fatos.

Temos que voltar nossas perspectivas para Cristo, para o Espírito e as escrituras, e até pra ler as escrituras temos que mudar nossa maneira de interpretá-las. Sempre gosto de ressaltar que esse século e as formas de pensamentos e questionamentos não estão desgovernadas, algo/alguém as está influenciando. Temos que ter cuidado: o que tem influenciado nossos pensamentos, argumentos, questionamentos e conclusões? O quê??

Precisamos avaliar primeiro qual é nossa visão do mundo. Martin Scott, em seu livro “Plantando sementes para o avivamento”, cita quatro visões de mundo que ele extraiu do livro de Walter Wink, “Ocupando os poderes”:

Continua...

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Marco Zero



Zerar tudo e começar tudo novo para um novo tempo é, sim, um desafio, mas nada que já fizemos e vivemos até aqui tem valor para o que está sendo colocado à nossa frente.

Números 13

Lendo o livro de números 13, tudo parece nos transmitir a idéia de que Deus instrui Moisés a enviar espias para a terra que lhe havia prometido, terra que mana leite e mel. Mas em Deuteronômio 1:22-23, vemos que este foi um pedido do povo a Moisés. As informações que interessaram a Moisés (Nm 13.18-20) estavam relacionadas ao modo de vida dos habitantes: se eram nômades ou sedentários, geografia, economia... Neste momento, Moisés confia que as informações trazidas pelos exploradores elevariam o moral do povo. O relatório dos espias não é algo falso, porém é apresentado de forma tendenciosa: o país é belo, mas isso não tem valor para eles, pois achavam-no inconquistável.

... 40 dias podem se transformar em 40 anos; depende da forma como se vê a terra...

A visão dos 10 espias estava afetada por experiências do passado, ao terem que enfrentar novos desafios, ou melhor, antigos desafios próximos de tempos novos: os amalequitas, inimigos temíveis contra os quais eles já tinham lutado no deserto do Sinai (Êx 17). Reencontrados os desafios do passado, eles olharam pra terra nova baseados numa mentalidade antiga. Tendemos a colocar à nossa frente o passado e usá-lo como uma guia; isso é um perigo. O que serve é que Adonai falou que vai fazer e foi essa a questão que Calebe levantou (vers. 30). As palavras que recebemos no passado falam de futuro e não somente do que fizemos ou do que aconteceu até chegarmos aqui, por isso temos que estar sempre zerados. É como num campeonato de futebol de pontos corridos onde vence o campeonato quem tiver a melhor pontuação, mas cada partida sempre começa com o placar zerado. Há uma frase muito comum entre os boleiros: “cada jogo é um jogo”. Hehe!!! Então, lembre-se:

Ele faz novas todas as coisas.

Suas misericórdias se renovam a cada manhã.

O pão nosso de cada dia...

O que Ele falou a nosso respeito está no futuro, está oculto em Cristo.


Uma geração está pra ser lançada

Ouvi-me, terras do mar, e vós, povos de longe, escutai! O SENHOR me chamou desde o meu nascimento, desde o ventre de minha mãe fez menção do meu nome; fez a minha boca como uma espada aguda, na sombra da sua mão me escondeu; fez-me como uma flecha polida, e me guardou na sua aljava, e me disse: Tu és o meu servo, és Israel, por quem hei de ser glorificado. (Isaias 49:1-3)