terça-feira, 11 de agosto de 2009

...Resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus...

Minha intenção com esses textos é fornecer ferramentas para leitura e interpretação de dias, tempos e estações diante dos acontecimentos façam perguntas e tirem suas duvidas. Vamos nessa!!!

Há mais ou menos 3 meses, uma passagem chamou minha atenção nas escrituras, quando Jesus pergunta: Mas a quem hei de comparar esta geração? (Mateus 11:16). Senti muito forte essa pergunta soar no meu interior. E como sempre faço, fui investigar o que Jesus estava querendo dizer com isso, para o que Ele estava apontando. Aprendemos anos atrás que revelação + imaginação + investigação = interpretação dentro da perspectiva profética. A palavra que mais me chamou a atenção neste texto foi “geração”, pois esta palavra nas escrituras muitas vezes é empregada com uma aplicação moral mais do que no sentido cronológico – uma sucessão de pessoas com as mesmas características morais.

...nos quais o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus. (2 Coríntios 4:4)

Entendo que Paulo usou deus pra indicar uma influência. Palavra século no grego é Aiõn, que significa essencialmente o “tempo”, mas por extensão inclui também o espaço. Indica tudo que existe sob o condicionamento do tempo e do espaço. Não deixa de ter também um aspecto ético-espiritual debaixo do poder do príncipe das trevas (Ef 2.2; Gl 1.4; 2 Co 4.4), Satanás, que domina o presente século, embora que de forma transitória (Jo 12.31).

Paulo também diz sobre quem está essa influência, os incrédulos. Geralmente quando estamos lendo esse versículo, somos levados a abordá-lo dentro de uma perspectiva evangélica. Vamos ao seu sentido bíblico: apistos é a palavra no grego que significa “pessoas que não crêem, são desconfiadas”, no mesmo sentido que em português. A questão é que lemos isso com uma mente evangélica do tipo: “esses são os do mundo”. Paulo não está se referindo a isso aqui; dentro do contexto que ele está abordando, ele se refere à falta de revelação e iluminação. No capitulo anterior, Paulo está tratando justamente disso. Leia esses versículos: ...E não somos como Moisés, que punha véu sobre a face, para que os filhos de Israel não atentassem na terminação do que se desvanecia. Mas os sentidos (percepção mental, aquilo que se pensa de propósitos) deles se embotaram (endurecido, sem percepção). Pois até ao dia de hoje, quando fazem a leitura (a demonstração do saber, capacidade de avaliar as coisas, a partir de) da antiga aliança, o mesmo véu permanece, não lhes sendo revelado (descobrir) que, em Cristo, é removido (posto um fim). Mas até hoje, quando é lido Moisés, o véu está posto sobre o coração deles. Quando, porém, algum deles se converte (voltar as perspectivas para) ao Senhor, o véu lhe é retirado. Ora, o Senhor é o Espírito; e, onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade. (2 Corinthians 3:13-17).

O contexto em que Paulo está tratando nesses capítulos da carta aos coríntios (1-5) diz respeito a uma atuação que não permite uma iluminação, revelação. A dureza do coração e a inflexibilidade deixavam-nos sem condições de ter uma perspectiva sobre o século vigente; eles estavam olhando para os acontecimentos tentando entender a partir de seu próprio entendimento. Paulo cita o véu, que aponta pra uma visão limitada ou para ver a partir de uma concepção anteriormente apresentada, quase como se fosse agendada a forma de fazer as pessoas comentarem determinados fatos.

Temos que voltar nossas perspectivas para Cristo, para o Espírito e as escrituras, e até pra ler as escrituras temos que mudar nossa maneira de interpretá-las. Sempre gosto de ressaltar que esse século e as formas de pensamentos e questionamentos não estão desgovernadas, algo/alguém as está influenciando. Temos que ter cuidado: o que tem influenciado nossos pensamentos, argumentos, questionamentos e conclusões? O quê??

Precisamos avaliar primeiro qual é nossa visão do mundo. Martin Scott, em seu livro “Plantando sementes para o avivamento”, cita quatro visões de mundo que ele extraiu do livro de Walter Wink, “Ocupando os poderes”:

Continua...

2 comentários:

Jênifer Aguiar Nunes... disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Jênifer Aguiar Nunes... disse...

Aiii meu Deus... Não demore a postar a continuação... =]

Mto bom o texto... realmente, temos que mudar nossa maneira de enxergar as escrituras.
A melhor maneira é levar nossa mente cativa a Cristo mesmo né, e clamar por Luz...

Em Cristo...
Deus abençõe...